domingo, 5 de maio de 2013

Situação de Aprendizagem: "Meu primeiro beijo"

Situação de Aprendizagem de Leitura - 9º ano do Ensino Fundamental Componentes do Grupo: Dora Nei Garcia Marçal Eliana Ramon Crepaldi Esper Isabele Justino Prevido Jussara Maria Lovato Martha Wassif Salloume Garcia Renata Motta Chicoli Texto: "Meu primeiro beijo", de Antônio Barreto ATIVIDADE: PROBLEMATIZANDO e CONTEXTUALIZANDO Pintura acrílica sobre tela. Título: O beijo - Dimensão: 20 x 30 cm. -Autor: H.Rubiales Levantamento de hipóteses a partir do título: • Qual o assunto do texto? • Você já foi beijado? Quando? Por quem? • Se sim, como foi a experiência? Quais sentimentos invadiram você? • O que se espera do primeiro beijo? • O que pensam sobre “Meu Primeiro Beijo”? "O beijo", tela por Francesco Hayez • Você conhece esse autor? • Em que época podemos perceber que o beijo aconteceu? Quais elementos nos levam a essa resposta? • Você conhece alguma outra pintura que retrate o mesmo tema? Sobre o Autor • Quem é o autor do texto? • Levantamento do contexto de produção. • Pesquisa sobre a biografia do autor do texto. • Já leram algum outro texto dele? Se sim, qual? • Expectativas de leitura: Esse texto faz parte do livro Balada do Primeiro Amor. Nele temos outras histórias. Quais temas você acha que o autor abordará nas outras? ATIVIDADE: Leitura do texto e inferências locais • Leitura compartilhada do texto “Meu Primeiro Beijo”, de Antônio Barreto • Durante a leitura, o professor lança mão de estratégias, estimulando os alunos a um levantamento de hipóteses e fazendo a checagem dessas hipóteses passo a passo. • Divisão da sala em agrupamentos produtivos para pesquisa dos vocábulos, não inferidos pelo contexto, no dicionário. ATIVIDADE: Localização de Informações, Comparações e Generalizações 1-Trabalhando os elementos da narrativa: • Como vocês podem perceber, o autor narra uma história, a partir daí: • O que aconteceu? • Quando aconteceu? • Onde? 2-Análise da estrutura da narrativa: • Identificação da situação inicial; • Identificação do conflito; • Identificação do clímax; • Identificação do desfecho. 3-Explorando as sensações vivenciadas pela narradora-personagem a partir do texto: • Para a protagonista, como foi sua experiência em relação ao seu primeiro beijo? Em que parágrafo do texto podemos constatar isso? ATIVIDADE: Intertextualidade e Percepção de Outras Linguagens • Em grupo, elaboração de uma pesquisa, em qualquer gênero, com o tema beijo: música, pintura, teatro, redes sociais, entrevistas com pessoas mais velhas, etc. • Socialização das pesquisas realizadas pelos alunos e discussão sobre as emoções presentes no material socializado. • Relacionar o texto à brincadeira de tradição oral: BEIJO ABRAÇO APERTO DE MÃO • Vocês conhecem essa brincadeira? Caso não conheçam, perguntem a seus pais ou familiares se eles conhecem. Tragam para a próxima aula essa experiência. ATIVIDADE ORAL • Fazer o reconto oral do texto lido, a partir do estímulo do professor, para retomada da sequência lógica textual. Um aluno pode escrever na lousa os fatos que compõem a progressão da narrativa. PRODUTO FINAL • Cada aluno produzirá um texto narrativo baseado na experiência pessoal sobre o primeiro beijo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRETO, Antônio. “Meu primeiro beijo”. In: Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-136. DOLZ, J. M.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e Progressão em expressão oral e escrita – Elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. M. et al. Gêneros orais e escritos na escola. 2. Ed. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010. p. 35-60. Tradução e organização de R. H. R. Rojo e G. S. Cordeiro. ROJO, R. H. R. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. Texto de divulgação científica elaborado para o Programa Ensino Médio em Rede, Rede do Saber/CENP_SEE-SP e para o Programa Ler e Escrever - Desafio de Todos, CENPEC/SME-SP. SP: SEE-SP e SME-SP, 2004. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e suas tecnologias. São Paulo: SEE, 2010.

Situação de Aprendizagem

Este espaço é destinado à publicação da Situação de Aprendizagem dos integrantes do Grupo 7 do curso Melhor Gestão Melhor Ensino.



Proposta de Situação de Aprendizagem, explorando as capacidades de leitura (Rojo, 2004)
Público: 9º ano Ensino Fundamental

Integrantes do Grupo:
Dora Nei Garcia Marçal
Eliana Ramon Crepaldi Esper
Isabele Justino Prevido
Jussara Maria Lovato
Martha Wassif Salloume Garcia
Renata Motta Chicoli


PAUSA
 Moacyr Scliar
Antes da leitura: (Professor, faça questionamentos que instiguem o aluno).
O que significa a palavra “pausa” para você?
O texto que vamos ler tem o título Pausa. Em que gênero vocês acham que este texto está escrito?
O autor do texto chama-se Moacyr Scliar. Vocês conhecem este autor ou já leram algum texto que ele tenha escrito? (proposta de pesquisa na internet. Uma das polêmicas do momento é a acusação de suposto plágio de Yann Martel, pois “As Aventuras de Pi” resgatam muitos aspectos da obra “Max e os felinos” de Scliar. Seria um bom mote para discutir a questão da ética e direitos autorais com os alunos).
Durante a leitura:
Professor, leia o texto em voz alta, para seus alunos. Vá interrompendo a leitura e fazendo questionamentos pertinentes para auxiliar o percurso de interpretação dos alunos.
Durante a leitura, chame a atenção para as escolhas lexicais (pontue, perguntando aos alunos por que foi usada esta e não aquela palavra); para a intencionalidade do autor, para a descrição da personagem, enfim, para as pistas linguísticas que o texto fornece.
Exemplos:
A personagem Samuel é descrita no terceiro parágrafo. Releia-o e observe o uso da palavra máscara. Qual foi a intencionalidade de usar esta palavra na descrição?
Samuel é conhecido pelo gerente do hotel por Isidoro. Por que você acha que ele, Samuel, tem outra identidade? Samuel e Isidoro são a mesma pessoa?
Depois da leitura:
Samuel, todos os domingos, sai de casa para ir dormir em um mesmo hotel. Retomando o título “Pausa”, como você explica esta necessidade de Samuel?
Retire do texto a expressão que legitima que esta ação de Samuel é recorrente.
Depois de toda a análise realizada, o que nós, leitores, podemos dizer sobre Samuel?
Obs. Espera-se que o aluno perceba que Samuel é uma pessoa em conflito (dependendo da maturidade da turma, pode-se falar em conflito de ordem sexual, pois no sonho da personagem, aparecem símbolos fálicos). Para conseguir conviver com esse conflito existencialista, Samuel necessita de se atribuir pequenas pausas/fugas da realidade que o rodeia.

Segue abaixo, o texto com comentários para direcionar a leitura dos alunos e a intervenção do professor.


Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro, fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
— Vais sair de novo, Samuel?
Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara  escura.
— Todos os domingos tu sais cedo — observou a mulher com azedume na voz.
— Temos muito trabalho no escritório — disse o marido, secamente.
Ela olhou os sanduíches:
— Por que não vens almoçar?
— Já te disse; muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
 A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse à carga, Samuel pegou o chapéu:
— Volto de noite.
As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente; ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas. Estacionou o carro numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo. Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:
- Ah! seu Isidoro ! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
- Estou com pressa, seu Raul - atalhou Samuel.
- Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre.
Estendeu a chave. Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
- Aqui, meu bem! - uma gritou, e riu; um cacarejo curto.
Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta à chave. Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-roupa de pinho; a um canto, uma bacia cheia d'água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira. Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata. Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se e fechou os olhos.
Dormir. Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a mover-se: os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, lavou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu. Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
- Já vai, seu Isidoro?
- Já - disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
- Até domingo que vem, seu Isidoro - disse o gerente.
- Não sei se virei - respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caía.
- O senhor diz isto, mas volta sempre  - observou o homem, rindo.
Samuel saiu. Ao longo do cais, guiava lentamente. Parou um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa.


SCLIAR, Moacyr. O carnaval dos animais. Porto Alegre: Ed.  Movimento, 1963.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DOLZ, J. M.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e Progressão em expressão oral e escrita – Elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. M. et al. Gêneros orais e escritos na escola. 2. Ed. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010. p. 35-60. Tradução e organização de R. H. R. Rojo e G. S. Cordeiro.
ROJO, R. H. R. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. Texto de divulgação científica elaborado para o Programa Ensino Médio em Rede, Rede do Saber/CENP_SEE-SP e para o Programa Ler e Escrever - Desafio de Todos, CENPEC/SME-SP. SP: SEE-SP e SME-SP, 2004.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e suas tecnologias. São Paulo: SEE, 2010.


SCLIAR, Moacyr. O carnaval dos animais. Porto Alegre: Ed.  Movimento, 1963.



 A que o título deste texto nos remete? O que significa “pausa”? Do que você acha que este texto vai tratar?
Este parágrafo traz a descrição da personagem Samuel. Qual a intencionalidade de usar a palavra “máscara” para descrever Samuel?
O que significa esta expressão?
Percebam que Samuel é chamado por Isidoro, pelo gerente do hotel. Por que será que isso aconteceu? Que hipóteses podemos levantar a esse respeito? Lembre-se de que Samuel é descrito como uma pessoa que mascara algo.
O que podemos deduzir sobre esta afirmação do gerente do hotel?
M6]<!--[endif]-->Por que será que Samuel queria sair de casa e ir a um hotel para simplesmente “dormir"?
Percebam que esta palavra está sozinha no parágrafo. Você acha que esse recurso enfatiza o efeito semântico da palavra?
Neste parágrafo há a descrição do sonho de Samuel. Percebam que o autor descreve-o, misturando sonho e realidade. O que você achou desse recurso estilístico?
O que está acontecendo no sonho de Samuel? O que a perseguição do índio pode significar? Será que este sonho é recorrente?
M8]<!--[endif]-->O que esta frase dita pelo gerente do hotel evidencia?
 

terça-feira, 30 de abril de 2013

Meus vídeos preferidos "Conversinha Mineira" - Fernando Sabino


A leitura em minha vida

Sobre o que a leitura representa em minha vida: A leitura é minha companheira de todas as horas, dos momentos tristes, dos momentos alegres. A leitura alimenta minha alma, me faz levitar e, vez ou outra, me puxa depressa para meu mundo! A leitura me acolhe e compreende, afaga minha alma e não pede explicações, simplesmente chega, ocupa seu espaço sem pedir licença, e permanece... e, ainda, sem pedir licença, vai embalando meu íntimo, e me surpreende... a cada momento.! 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

cinema: O Lado Bom da Vida

O Lado Bom da Vida

  • Dirigido por
     (2h 2min
  • Com Jennifer LawrenceRobert De NiroJacki Weaver mais
  • Gênero Comédia dramática
  • Nacionalidade EUA

    Sinopse e detalhes


    Por conta de algumas atitudes erradas que deixaram as pessoas de seu trabalho assustadas, Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu quase tudo na vida: sua casa, o emprego e o casamento. Depois de passar um tempo internado em um sanatório, ele acaba saindo de lá para voltar a morar com os pais. Decidido a reconstruir sua vida, ele acredita ser possível passar por cima de todos os problemas do passado recente e até reconquistar a ex-esposa. Embora seu temperamento ainda inspire cuidados, um casal amigo o convida para jantar e nesta noite ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher também problemática que poderá provocar mudanças significativas em seus planos futuros.

Indicação literária




Os Pilares da Terra - Volume Único - Capa Dura

Pessoal, gostei muito desse livro e recomendo. São dois volumes, mas nem dá para sentir, pois a história é muito envolvente. O autor procura traçar o painel de um tempo varrido por conspirações, jogos intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural, buscando captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras, florestas e igrejas. Philip, prior de Kingsbridge, luta contra tudo e todos para construir um templo grandioso a Deus. A galeria de personagens gravitando em torno da catedral inclui Aliena, a bela herdeira banida de suas terras, Jack, seu amante, Tom, o construtor, William o cavaleiro boçal, e Waleran, o bispo capaz de tudo para pavimentar seu caminho até o lugar do Papa, em Roma. Como painel de fundo, uma Inglaterra sacudida por lutas entre os sucessores prováveis ao trono que Henrique I deixou sem descendentes.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A Leitura e Eu!





Meus pais sempre me motivaram a estudar, sendo filha única e não tendo muitos recursos financeiros para tal, imaginem só a concentração dos esforços para que isto se realizasse. Minha mãe sempre lia ou contava uma história toda noite antes que eu fosse dormir. Ela também fazia questão de ler minhas redações que produzia para a escola, e sempre lia comigo os livros que eram pedidos na escola e ao final discutíamos sobre o mesmo. Não tem sensação melhor do que ter a certeza de que alguém se importa com você, com seus estudos e com isso foi onde me apaixonei pela leitura: minha família sempre estava presente neste momento tão prazeroso da vida.

Minha avó adorava contar histórias e eu adorava ouvi-la. Não via a hora de poder ir fazer uma visita para pedir a ela que contasse as tão esperadas histórias da Vó Ana... Era cada uma! E sempre ela me perguntava em certo ponto da história: E você sabe o que aconteceu? E eu sempre contava algo e ela respondia: poderia ter sido, mas não foi e continuava contando a história com outra situação que eu não era capaz de imaginar.  

Hoje vejo como esta atitude foi importante para a minha formação infantil, adolescente e principalmente profissional.

Ler para Compreender



Por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

A leitura ajudar as pessoas a vencerem na vida? Como a leitura pode transformação nossa realidade? Que papel a leitura representa na transformação social do nosso país?

Vivemos numa era em que para nos inserir no mundo profissional devemos possuir boa formação cultural e muita informação. Nada melhor para obtê-las do que sendo leitor assíduo, pois quem pratica a leitura está fazendo o mesmo com a consciência, o raciocínio e a visão crítica.

A leitura tem a capacidade de influenciar nossa maneira de agir, de pensar e até mesmo de falar. Com a prática da leitura tudo isso é expresso de forma clara e objetiva e, certamente, as pessoas que não possuem o hábito de ler ficam presas a gestos e formas rudimentares de comunicação. Tudo isso é comprovado por meio de pesquisas, as quais revelam que na maioria dos casos, pessoas com ativa participação no mundo das palavras possuem um bom acervo léxico e, por isso mesmo, entram mais fácil no mercado de trabalho, ocupando cargos gerenciais e de diretoria.

Porém, conter um bom vocabulário não é a única maneira de “vencer na vida”, pois é preciso ler e compreender para poder opinar, criticar e modificar situações.

Diante de tudo isso, sabe-se que o mundo da leitura pode transformar, enriquecer culturalmente e socialmente o ser humano. Não podemos compreender e sermos compreendidos sem sabermos utilizar a comunicação de forma correta e, portanto, torna-se indispensável a intimidade com a leitura.

Benefícios da Leitura

A leitura é extremamente importante para todos nós, não apenas por ser fundamental em nossa formação intelectual, mas também por permitir a todos nós um acesso ao mundo das informações, das idéias e dos sonhos. Sim, pois ler é ampliar horizontes e deixar que a imaginação desenhe situações e lugares desconhecidos e isto é um direito de todos.

A leitura permite ao homem se comunicar, aprender e até mesmo desenvolver, trabalhar suas dificuldades. Em reportagem recente, uma grande revista de circulação nacional atribuiu à leitura, a importância de agente fundamental para a transformação social do nosso país. Através do conhecimento da língua, todos têm acesso à informação e são capazes de emitir uma opinião sobre os acontecimentos. Ter opinião é cidadania e essa parte pode ser a grande transformação social do Brasil.

Os benefícios da leitura são cientificamente comprovados. Pesquisas indicam que crianças que têm o hábito da leitura incentivado durante toda a vida escolar desenvolvem seu senso crítico e mantém seu rendimento escolar em um nível alto. O analfabetismo, um dos grandes obstáculos da educação no Brasil está sendo combatido com a educação de jovens e adultos, mas a tecnologia está afastando nossas crianças dos livros.

Permitir a uma criança sonhar com uma aventura pela selva ou imaginar uma incrível viagem espacial são algumas das mágicas da leitura. Ler amplia nosso conhecimento, desenvolve a nossa criatividade e nos desperta para um mundo de palavras e com elas construímos o que gostamos, o que queremos e o que sonhamos.

Portanto, garantir a todos o acesso à leitura deve ser uma política de Estado, mas cabe – principalmente – a nós dedicar um tempo do nosso dia a um bom livro, incentivar nossos amigos, filhos ou irmãos a se apegarem à leitura e acima de tudo utilizar nosso conhecimento para fazer de nossa cidade, estado ou país, um lugar melhor para se viver.

Quando começa o interesse pela leitura?


É de pequenino que se torce o pepino!





Vídeo "Metodologia ou tecnologia"

Achei superinteressante este vídeo e resolvi compartilhá-lo com vocês.
Abraços

Apresentação

Olá! 

Sou licenciada em Letras – Português, Inglês – pela Universidade de São Paulo (USP) e em Pedagogia pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais. Sou, também, especialista em Língua Portuguesa pela Redefor-UNICAMP. Como professora efetiva de Língua Portuguesa junto à Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, atuei no Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA em escolas da Rede Estadual de Ensino.

 Atualmente, trabalho na Diretoria de Ensino da Região de Ribeirão Preto como Professora-Coordenadora do Núcleo Pedagógico – PC-NPE (o nome da função mudou, depois da reestruturação da SEE-SP, deixando de ser PC-OP). Minha função é a de fazer o acompanhamento pedagógico das escolas de Ensino Fundamental – Anos Finais, além de dar orientações técnicas e cursos para os professores da Rede Estadual. Gosto muito do que faço. 

Tenho muitas expectativas em relação ao Programa Melhor Gestão, Melhor Ensino da SEE-SP, pois estou convicta de que os cursos deste programa darão apoio, incentivo e subsídios aos professores da Rede, no sentido de organizarem e executarem práticas pedagógicas mais interessantes, dinâmicas e eficazes, melhorando substancialmente a qualidade do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. 

Gosto muito de ler, estudar e viajar e, para isso, conto com a companhia, o apoio e o afeto da minha filha. 

Abraços cordiais, 

Jussara Maria Lovato

Sequência de atividade de leitura e interpretação II

Texto selecionado: Eros e Psique
Autor: Fernando Pessoa (ortônimo)
EROS E PSIQUE
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.

Antes da leitura: Chamar a atenção para o título do poema: etimologicamente Eros está na raiz das palavras: erótico, erotismo, eroticidade (Eros é o deus do Amor, na mitologia) e Psique está na raiz da palavra psicologia (Psique significa Alma). A partir daí, questionar os possíveis significados do título Eros e Psique. O que esse título pode sugerir?

Pode-se também ler o Mito de Eros e Psique, lenda mitológica em que se narra a história de amor entre Eros e Psique.
Se o texto for utilizado na 3ª série do Ensino Médio, aprofundar o estudo sobre o poeta Fernando Pessoa e o processo de heteronímia. Esse poema foi escrito por Fernando Pessoa ortônimo, faz parte dos poemas ocultistas, isto é, poemas que trazem temas de exploração do subconsciente, de descoberta do estar no mundo. Este texto é um poema narrativo, portanto ao fazer a leitura, solicitar que os alunos acompanhem a narratividade e construam imagens e idéias sobre o texto que está sendo lido.


Durante a leitura:

Ler com entonação própria da leitura poética, contagiando os alunos, dando ênfase aos lances importantes, conferindo diferentes matizes de emoção a cada trecho; propiciando um clima de deslumbramento que só um texto literário é capaz de despertar. Sugestão: No youtube há vários links do poema Eros e Psique, com declamação de Maria Bethânia.
Depois da leitura:
Quanto à estrutura do poema:
Sete estrofes com cinco versos cada;
Versos heptassílabos (redondilha maior)
Esquema de rimas misturadas: ABAAB, o 1º verso rima com o 3º e o 4º; o 2º com o 5º.

Quanto à construção de sentidos:

Questionar os alunos o que conseguem perceber na primeira estrofe? Espera-se que percebam a remissão ao conto de fadas A Bela Adormecida; Levantar com eles possíveis dúvidas quanto a vocabulário. Se existirem, explicar pelo contexto e pelo uso de dicionário;
Chamar a atenção para os versos da terceira estrofe: "E orna-lhe a fronte esquecida/Verde, uma grinalda de hera." Colocá-los na ordem direta para melhor entendimento: Uma grinalda verde de hera, esquecida, orna-lhe a fronte. Instigar a interpretação desses versos. A Princesa tinha o rosto encoberto por uma grinalda de hera (planta). Por que será? Por que a opção pela cor verde (falta de amadurecimento)? Atentar para as respostas dos alunos.
Na quinta estrofe, o "Infante esforçado" e a Princesa cumprem seu Destino (atentar para a grafia com letra maiúscula da palavra Destino, eles estavam pré-destinados?); Na última estrofe, acontece a descoberta:"ele mesmo era a Princesa que dormia", isto é, para que o ser humano seja completo, é preciso que haja a união do Amor (Eros) e da Alma (Psique).
Essa descoberta não é fácil. Essa afirmativa se justifica pelos versos: "E, indo tonto do que houvera/À cabeça, em maresia,/ Significa que a viagem do ser humano ao seu inconsciente é, por vezes, difícil, porém, necessária. Essas são algumas possíveis leituras (interpretações) do poema. Deve-se levar em consideração as explanações dos alunos, orientando-os para realizar a interpretação dentro das possibilidades de leitura da obra.

Martha Wassif Salloume Garcia
Professora de Língua Portuguesa

Eu indico II

O livro Como um Romance, de Daniel Pennac, é uma obra imprescindível para quem lida com Leitura e Escrita. Todos os professores, de qualquer disciplina poderiam lê-lo. É uma boa indicação também para estudo em ATPC. Um outro livro do mesmo autor, que pode ser lido na sequência é Diário de Escola. Nesta obra, o autor trata das agruras, peripécias e dificuldades do  "aluno lerdo", como ele mesmo declara que o foi.

"O homem constrói casas porque está vivo, mas escrev livros porque se sabe mortal"
Daniel Pennac, Como um Romance

terça-feira, 23 de abril de 2013

Depoimento - Como me tornei leitora


Na minha infância, não tive muitas oportunidades de aproximação com os livros. Meu pai costumava ler, mas eram leituras para dentro, silenciosas, de livros “de adultos” – numerologia, astrologia, autoajuda etc. Minha mãe, por sua vez, lia missais e livros de culinária. Ela gostava muito de cantar também e, por sinal, tinha uma voz melodiosa e interpretava as canções, transbordando emoções.
            Minhas primeiras experiências com a leitura e a escrita ocorreram na fase de alfabetização, com a cartilha “Caminho Suave”. Adquiri  habilidades leitoras rapidamente e logo comecei a ler as histórias dos livros didáticos, histórias estas voltadas para a formação moral e desenvolvimento de condutas exemplares. As redações eram baseadas em temas previamente determinados pela professora, como “Minha festa de aniversário”, “Minha viagem de férias”, nas quais eu precisava exercer a minha criatividade no grau máximo, pois nem sempre havia viajado nas férias ou mesmo tivera uma festa de aniversário.
            Nos últimos anos do Curso Ginasial (é isso mesmo, já sou meio antiga), havia a obrigação de ler um livro a cada bimestre. Foi então que li Memórias de um sargento de milícias, Meu pé de laranja lima, Iracema entre outros. Apaixonei-me de verdade mesmo pelo Meu pé de laranja lima, que li repetidas vezes.
            No Curso de Formação de Professores, chamado Curso Normal, foi a vez de fazer seminários sobre escolas literárias, suas características, autores consagrados e as imensas listas de suas obras... Ensino indigesto!  Nessa época, li pouca literatura.
            Mas, foi durante o Curso Objetivo, em São Paulo, que “devorei” as obras literárias relacionadas para o vestibular. Comprei vários livros de bolso, das Edições de Ouro (muito mais baratas!) e li-as todas. Embora o estímulo à leitura tivesse partido de uma necessidade prática – ser aprovada no vestibular da USP – encantei-me pelas histórias e descobri um mundo novo, de sonhos, fantasias, romances, aventuras, críticas sociais e me transformei em outra pessoa. Aprendi a ler o mundo com outros olhos e compreender as pessoas e a mim mesma, lançando mão de  novos referenciais.

domingo, 21 de abril de 2013

Sequência de Atividades de Leitura e Interpretação


Sequência de Atividades de Leitura e Interpretação

Este espaço é destinado ao compartilhamento de experências exitosas em sala de aula. É o espaço para que possamos pensar e publicar Sequências Didáticas com foco na leitura e interpretação de textos de diversos gêneros textuais. Dessa forma, intenciona-se construir um banco de dados, com atividades vivenciadas em sala de aula, aprimorando a prática pedagógica do professor.

Texto selecionado: Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna
Público-Alvo: 9º ano EF

Antes da leitura:

Levantar questionamentos sobre:
• O que é um texto dramático? Qual sua função social? Como é estruturado? O que são as rubricas no texto dramático? Para que servem?
• O que significa “Auto”?
• Qual é o significado de “compadecida”?

Introduzir conhecimentos/informações sobre o autor Ariano Suassuna, relacionando sua vida e obra.(Vídeos II TV Escola).
Combinar com a classe quais alunos farão a leitura expressiva, desempenhando os papéis das personagens. O professor interpreta o Palhaço, tipo de narrador do texto. É interessante que os alunos, ao lerem, percebam a oralidade presente no texto dramático.

Obs. É interessante que o professor leia o prólogo escrito por Henrique Oscar, pp 9 a 14, presente na obra.

Durante a leitura:

Obs. Início p. 22.
Dar oportunidade para outros alunos lerem durante as aulas, intercalando papéis e alunos, para que a maioria da classe participe da leitura. Ao todo são 16 personagens.
A leitura deve ser contínua, por isso é importante que os alunos a acompanhem, para que a fala de cada personagem não seja interrompida e o texto se desenvolva fluentemente.
Obs. Durante a leitura, atentar para que o aluno perceba o que é fala e o que é rubrica.
Antes de recomeçar a leitura em cada aula, faça uma retomada do que já foi lido para localizar o aluno sobre o que já aconteceu na história. Fale sobre as personagens, suas características e em que ponto parou a leitura na aula anterior.

Depois da leitura:

Converse com a classe para elencar as personagens do texto com seus principais “pecados”. Faça uma lista na lousa.
João Grilo:Chicó:
Padre:
Sacristão:
Bispo:
Padeiro:
Mulher do padeiro:
Antônio Morais:
Severino do Aracaju:

Leia a fala das personagens abaixo e teça comentários interpretativos a respeito de cada excerto:
a) “Os donos de terras é que perderam hoje em dia o senso de sua autoridade. Veem-se senhores trabalhando em suas terras como qualquer foreiro. Mas comigo as coisas são como antigamente, a velha ociosidade senhorial.” Antônio Morais (p. 44)
Qual a crítica social presente neste trecho?

b) “Porque...não é lhe faltando com o respeito não, mas eu pensava que o senhor era muito menos queimado.” João Grilo (p. 148)
Manuel resolve aparecer como “negro”. Isto provoca alguma reação? Qual era a intencionalidade de Manuel?

c) “Deixe de chicana, João, você pensa que isso aqui é o palácio da justiça? Pode acusar.” Manuel (p. 162)
*Chicana significa embromação, embuste, enganação.
Qual a relação entre chicana (embromação) e o Palácio da Justiça?

Outras linguagens:
• Pode-se exibir o Vídeo “Auto da Compadecida”, de Guel Arraes e também o CD Leitura e Produção de Texto: Poesia, teatro , Cordel. Linguagens, códigos e suas tecnologias. São Paulo faz escola EF Ciclo II, o qual traz um episódio da obra em teatro.

Proposta por Martha Wassif Salloume Garcia 
Professora de Língua Portuguesa




Depoimentos


      Ler, para mim, é mais que um prazer, é uma necessidade física. Tenho necessidade de ler, assim como tenho necessidade de beber, comer, dormir.... Leio de tudo, desde Saramago (que aprecio muito) até rótulo de shampoo. Uma vez, quando tinha mais ou menos 12 anos, estava lendo Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley), meu irmão perguntou se eu estava entendendo e eu respondi: “Claro!” (mentira pura! Estava era lendo por ler, porque gostava de ler).
      Na escola, tive incentivo para ler e escrever, mas como lia muito, escrevia demais também e certa vez, uma professora (substituta) questionou a autoria de uma “redação” que eu tinha feito. Fiquei super triste, pois como uma criança iria provar que tinha escrito tudo aquilo?! Hoje, enquanto professora, levo isso como experiência para não pré-julgar o que o aluno produz.
     Também adoro estar em companhia de um livro. Às vezes, até brigo com as personagens da trama. Isso aconteceu quando li O Primo Basílio. Lembro-me de que ficava furiosa com a covardia de Luísa ao se deixar chantagear por Juliana. Eu ia lendo o livro e brigando com ela, pois não aceitava que ela pudesse ser tão ingênua e medrosa (coisas de leitor!). Mas, sabe, gosto quando isso acontece, gosto quando um livro mexe com o leitor a ponto de fazê-lo mergulhar na história, interagir com a personagens, como se elas realmente existissem. 
      Acho que é esse o papel da literatura: tornar-nos mais humanos. Acho que é essa a contribuição que podemos auxiliar nosso aluno a descobrir: o caráter humanizante da literatura, através do prazer da leitura.

Eu indico

Este espaço é destinado a indicações literárias e sugestões de leituras para compartilhar nossas experiências.
O título do blog é uma homenagem ao escritor Franz Kafka. Sua obra de maior relevância é A Metamorfose (1912), em que a personagem Gregor Samsa é transformado em um inseto. É uma metáfora da alienação humana. Para quem gosta de ficção sobre conflitos existenciais, é uma ótima sugestão!

Apresentação

 Vem Kafka Lendo é um blog criado pelo grupo 7 do curso Melhor Gestão Melhor Ensino. O objetivo de nosso blog é criar um espaço de troca e compartilhamento de leituras e escritas.
Aqui, você encontrará depoimentos, experiências, indicações literárias, sugestões de atividades, enfim, tudo voltado para aprimorar o desenvolvimento da competência leitora e escritora.