Meus pais sempre me motivaram a
estudar, sendo filha única e não tendo muitos recursos financeiros para tal,
imaginem só a concentração dos esforços para que isto se realizasse. Minha mãe
sempre lia ou contava uma história toda noite antes que eu fosse dormir. Ela
também fazia questão de ler minhas redações que produzia para a escola, e
sempre lia comigo os livros que eram pedidos na escola e ao final discutíamos
sobre o mesmo. Não tem sensação melhor do que ter a certeza de que alguém se
importa com você, com seus estudos e com isso foi onde me apaixonei pela
leitura: minha família sempre estava presente neste momento tão prazeroso da
vida.
Minha avó adorava contar
histórias e eu adorava ouvi-la. Não via a hora de poder ir fazer uma visita
para pedir a ela que contasse as tão esperadas histórias da Vó Ana... Era cada
uma! E sempre ela me perguntava em certo ponto da história: E você sabe o que
aconteceu? E eu sempre contava algo e ela respondia: poderia ter sido, mas não
foi e continuava contando a história com outra situação que eu não era capaz de
imaginar.
Hoje vejo como esta atitude
foi importante para a minha formação infantil, adolescente e principalmente
profissional.
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